quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Novo Poema Concreto!



Há an
Há ansi
Há ansie
Há ansieda
Há ansiedade
Há ansiedade é
Há ansiedade é e
Há ansiedade é fê
Há ansiedade é me
Há ansiedade é ra.
EFÊMERA!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

"Tudo parado, em movimento. Necessidades conflitantes em um só."

Fonte: http://www.pavablog.com/2013/08/05/quem-sao-os-anarquistas-de-preto-que-vandalizam-sp/

Destruir a sua cara, bando de brasileiros/as medíocres, que se sentem aparados pelo atual governo, que não está preocupado com suas dores, muitos menos com as necessidades mais básicas...

Estamos numa calamidade pública, onde estes tais jovens, que protestam e se manifestam nas ruas, são os mesmos que o próprio Estado negou dar uma certa atenção no passado tão recente, onde muitos dos direitos básicos como: uma Educação de qualidade, preparação para o mundo - e não para o mercado do trabalho - lhes foram negados e usurpados. 

E eis que ressurge, nas veias de milhares de jovens a REVOLTA, o GRITO e a maneira de se manifestarem e de dizerem que NÃO AGUENTAM MAIS, não aguentam tanta hipocrisia e tanto abandono pelos serviços públicos - que deveriam ser mesmo: públicos - aos povos, a todos os povos.

Sim, eu apoio os tais mascarados - assim definidos pela mídia vigente - mas para mim os black bloc's. Apoio pois já fui jovem, e acredito que a mudança está em nós, para que nossos filhos/as ão sofram num futuro.

Sim, sou contra. Contra a tantos "representantes" de governo, estarem em seus devidos poderes sem fazerem nada - como sempre - ao povo, povo este que os/as elegeram para uma possível mudança. 

Sou contra aos governos ditos: DO POVO, pois de povo não se tem nada, a não ser cargos indicados por alianças políticas e partidárias, provenientes de seus interesses particulares. 

Sou contra, a tanta safadeza encrostada nos poderes públicos, pelas megas produções para a tal: COPA DO MUNDO, nas mazelas do transporte público - e nos arrombos gigantescos de seus cofres (já comprovados e até agora nada foi feito), para superfaturarem nas construções, onde serão construídas coisas para serem utilizadas pelo POVO, pela máfia do METRÔ de SP e por ai vai... 

Sou contra todos os políticos que fizeram parte de uma História recente em nosso país, os pessoas que praticaram torturas na Ditadura Militar, e que ainda exercem funções nas PM's, nas secretarias de Segurança Pública, onde de pública não se tem nada, entre outros eixos de co-organização da sociedade.

Por fim deixo aqui este meu recado/desabafo, sou e sempre serei a favor do povo que sair as ruas, que se manifestarem como e de qualquer forma, pois o que mais dói nisso tudo, não é ver o banco quebrado, o ônibus incendiado ou o orelhão danificado, o que mais dói é ver; e perceber, que fomos completamente abandonados/as pelo tal sistema vigente, que de povo não tem nada, e que agora querem nos controlar, deixar em ordem pois: o mundo estão de olhos bem abertos em nós, como no filme/livro clássico: 1984, de George Owell. Não, não venham nos controlar pois, durante muito tempo fomos controlados/as e manipulados/as de nossas próprias decisões.

Os clamores continuarão, sem data para terminar.

E afirmo que, as favelas nunca dormiram, educadores/as que são, realmente preocupados/as com a Educação nunca dormiram, as quebradas nos centros das grandes cidades nunca dormiram, e nunca mais dormirão.

Mas agora aguentem a nossa IRA, pois a própria semente que vocês forçaram para plantar, poderia ser tudo diferente, tudo, se fortificou, deram frutos, mas lamento em dizer que estes frutos que o próprio sistema cultivou, adubou, esta carregado, de folhas, alimento que não servirá para sua corja, de assassinos de sonhos, de utopias. Agora é Guerra!!!

Sem mais!

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Escrever o que sinto, me faz acreditar num outro mundo.

Resenha do disco: Imortal - Confronto. RJ - Brasil.



Há uns dez anos atrás, conheci uma banda que faz parte de minha vida e do ser humano que me tornei a ser, e estar em constante mudança e avaliação de minhas próprias ações. 

Procurar expressar o que significa essa música ou aquela outra, num emaranhado de situações, pessoais e coletivas, é bem complicado, se bem que a fala: "Inferno e o Éden'', me faziam refletir em minhas crenças e em minhas convicções, e de fato estas primeiras palavras tornaram meu ego em transeunte pela minha vida e meus afazeres. Eita Causa Mortins, como tu causastes coisas loucas em minha vida.

Depois, conheci o álbum A Insurreição e de fato, a criação se apossou da criatura, e eis que nunca mais consegui parar de ouvir o som deste quarteto, da Baixada Fluminense do Rio de Janeiro que; com certeza revolucionou ainda mais minhas atitudes e convicções.

Quando eu era mais novo, os shows e festivais de Hard Core e Metal Core eram bem mais sistemáticos, a cada final de semana havia um role pra se enfiar e se divertir com os amigos. E como dizem: "Que tempo bom, que não volta nunca mais...", porém foram muito bem aproveitados e insanamente vivenciados, não somente por mim, mas por uma imensidão de jovens e adultos no final dos anos 2000.

Dentre estes eventos há um em que devo destacar: a Verdurada era algo insano, de protesto e de resistência, e porque não falar de um Sanctuarium? Isto mesmo, em nosso português um Santuário de encontros e de ideias trocadas pra galera ver, ouvir, refletir e agir acima de tudo. Pois bem, este Sactuarium foi muito pesado os meus ouvidos e dialogava, diretamente, com a realidade da época. Mas nem tudo é maravilha em nossas vidas, neste ano o vocal da banda se acidentou, deu um susto na galera que curtia os shows para passar uma mensagem agressiva, mas também muito representativa em nossas caminhadas e minha história de vida.

Os dias passaram, novos compromissos foram sendo feitos mas o Confronto estava pertinente, a todo instante, a todo movimento e pensamento sobre nós e a coletividade. Quebrar barrerias foram necessárias, discussões foram feitas e as ruas foram tomadas. Isso mesmo, as ruas foram tomadas por corpos de mulheres, homens, idosos e idosas, pessoas que estavam se sentindo humilhadas e esquecidas por "tais representantes" do governo. Ainda continuamos em luta, em batalha, sejam elas decorrentes das mazelas feitas e causadas por nós e pelos outros que se dizem "donos do poder".

Ressurgir não é fácil, se alocar e ficar ideias muito menos, para isso ser IMORTAL é o que nos resta para, mais uma vez: refletir sobre o país, sobre política, sobre desigualdade social e trabalhística, sobre as mulheres de nossa história, que foram negadas ao direito de dizerem: "também somos vozes, de várias etnias e de vários sonhos". E mais, 1 h é demais para pensarmos em tudo. Trabalhadores e trabalhadoras que são escravizados e escravizadas, nos empregos, nas empresas, nos órgãos públicos sem contar aqueles e aquelas que usurpam da função que exercem, pensar em 1 h é pouco, mas pode ser o bastante para mudarmos algo em nossas vidas, ou não!

Não, não estou apenas falando de minha vida, das minhas dores e das minhas vitórias, pois ainda sou guerreiro, os meus "brothers" continuam na cena, pois a SANGRIA ainda continua, e continuará até os últimos dias, de minha, de sua, de nossas - talvez - vidas.

Continuemos em pé, com os braços fixos para provocar a mudança, não apenas a mudança de pensamentos, mas de ações e principalmente de comprometimento.

Sigamos este caminho, pois os meus ouvidos agradecem, afinal de contas: A INSURREIÇÃO será permanente, pois precisamos passar pela CAUSAMORTIS, erguer nosso SANCTUARIUM pois o IMORTAL está no que fazemos de nossas vidas, de nossa História, mas esta aqui é contata e cantada por nós, pobres, favelados, humilhados e oprimidos, e tomara que este dia chegue logo, pois: "EU (como vocês) SOU A REVOLUÇÃO".

sábado, 5 de outubro de 2013

Poema Novo.

Sentidos

Procurar desvendar segredos, de um ser ou algo desconhecido não é fácil.
Promulgar verdades, mentiras, atos e feitorias, talvez seja o que nos é mais familiar.
Reproduzimos, outros pensamentos, que não nos permitem mais,
Recuamos a qualquer iniciativa sanguinária, pois os filmes de Hollywood recriminavam qualquer
ação, pois suas verdades eram absolutas, as nossas não.

A maturidade vem com o tempo, certo?
Bom, depende de como enxergamos as coisas, as vidas e as flores.
Mas nada, nada sera feito - ou verdadeiro - conforme
Nosso desejo.

Vou caminhar, sonhar e lutar.
Permito-me parar quando desejar.
Sugar do morto,um desejo louco.
De imprimir, algo do que já vivi
Num mundo totalmente torto.

E isso não será um sufoco.
Terás sabor do néctar
Que a abelha opera, dentro da colmeia
Para sua Rainha se saciar.

Procurar desvendar...
Promulgar verdades... (ou não)
Reproduzir
Recu-Ar.

Apenas pensamentos,
sem sentimentos,
mas com com-sentidos
Ao supremo leito!

2013

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Novinhas.

"Sou Professora da Rede Pública, e estou
de LUTO pela
Educação Brasileira."
2013.

"Mediante 
Ao 
Imediato
Eu
Medito 
Ato
Ao
Adiante
Médio 
Ato!"
2013.

"Pensar na vida
é como imaginar
com quantas gotas
se forma 
o mar."
2013.

"Não sintonize a TV
no canal que te faz enlouquecer.
Se isso é dica
Então indica
A quem possa perecer."
2013.

"Se falar a verdade provoca tremores
Então sou o verdadeiro 
Terremoto dos horrores".
2013.

"Poesia mal-dita é
Poesia DES-Crita.
Acredite, isto é 
PÓ-É-SI-ÁHHHHH".
2013.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Por apenas 3 minutos. Pareiii.

O que poderia acontecer em apenas três minutos? Com certeza muita coisa, vejamos:

  • Assassinato de um político safado;
  • Morte em massa de milhares de pessoas;
  • Vários nascimentos;
  • Acidentes de carros e motos;
  • Atentado Militar;
  • Parada cardíaca;
  • Uma bomba nuclear aterrorizando um país;
  • Últimos suspiros de uma vida importante.
  • E, e, e, e, e...

Tantas outras coisas poderiam acontecer nestes 180 segundos que chegar no local de trabalho não faria "tanta diferença assim", mas com certeza fará. Não pra eles, que continuaram caminhando, cantando, sorrindo e bebemorando os belos números de uma Educação de Caos, se bem que o Caos seria melhor do que estamos vivendo na atual conjuntura educacional em todo o país. Se bem que, acredito eles estão tão felizes pois a juventude não precisa de aula de História né? Muito menos de um educador que se dedicou, pagou uma universidade particular, pastou pra se formar e agora tende em seus princípios estar na educação básica para trabalhar e isso não acontece. E sabem onde fará a tremenda diferença? No início do mês, quando for receber meu salário hiper generoso e altamente perigoso a outras esferas estatais que chega a desanimar ao extremo.

Sei que não sou perfeito, escrevo o que quero e lê quem tem vontade, isso aqui não é dor de cotovelo ou algo do gênero, é totalmente um desabafo de uma situação que me revolta e me causa náuseas, pois sei que tem gente rindo e achando tudo isso lindo, maravilhoso e merecedor, não só a minha pessoa mas a toda uma corporação educacional que esta totalmente enterrada a setes palmos abaixo de nossos pés. 

Poderia bem dizer sobre as coisas belas que acontecem onde leciono, mas pra que dizer isso? Pra mim mesmo? Pra você? Pra eles? Bom, estes últimos serão - talvez nunca serão - os últimos a se importarem com a minha opinião ou minha situação, de "ÓH" do borogodó.

Sim, estou chateado, pelo aumento da passagem, por andar mais de 40 minutos e depois desistir de chegar em casa a pé após não ter dado aula pelo atraso de 3 minutos, e olha que este tempo é tão precioso para uns que passam despercebidos para a maioria mas pra mim não foi e nunca será.

Ficarei com minhas leituras diárias, fuçando no facebook e inclusive divulgar mais este relato de minha vida, que pode não fazer diferença nenhuma na sua, e eu aceitarei numa boa, pois como disse: "escrevo o que quero para quem quiser ler e se sentir contemplado, ou não".

E que um dia a valorização desta pessoa que escreve aqui seja, de fato, observada e valorizada. Não sou o único, nem quero ser, sei quem esta comigo, e também sei quem esta contra mim. 

Contudo tenho que agradecer a educação que tenho, pois sei muito bem quem saiu desça perdendo. 

Aos educandos/as de onde leciono não fiquem preocupados/as, serei mais resistente em minhas convicções e minhas ideologias para combater qualquer injustiça, e se a justiça foi feita comigo que a mesma seja aplicada a todos e a tudo.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Poesia básica.

Por ai.

To ai,
Nas andanças respeitando sempre as diferenças e as nuanças.
Sem ranger os dentes, pra não ferir a boca,
Boca esta que profere o diálogo do que a arrogância.
Me sinto forte,
Por ter ao meu lado pessoas firmezas.
Talvez eu evita-se qualquer semelhança mas, pra que praticar a guerra
sendo que o mundo é quem padece, aos gestos da sua tal "manha".

sexta-feira, 3 de maio de 2013

PensaMente.

"A educação não pode ser retratada como reprodutora de ideias. Ela deve ser compreendida como criadora de conhecimentos para além do universo estrutural e espacial. Deve ser vivida e não re-produzida."

Vander xCHEx

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Vejam onde estamos. E aonde queremos chegar?



Pois é, hoje chegamos neste estágio da vida humana. O topo da cadeia, onde na existência de vida comemora-se mais um triunfo, mais um dia e mais uma batalha - mas a Guerra ainda nem começou.

A tempos sem passar aqui por conta de outros compromissos e também por outras prioridades a cá estou sem deixar de passar em branco toda esta Claustrofobia Hierárquica que se passa por cima de minha cabeça; seria a mesma coisa do que assinar minha sentença de morte e poder andar por ai, que nem Zumbis. E olhem só, a Guerra ainda nem começou.

De fato os problemas acontecem, vitórias também, assim como derrotas acabam sendo mais exploradas pelos que não possuem um tal poder e a vitória é vangloriada aos que possuem o Domínius Máximus da existência e do controle do Capetal, da Granandertal - $$$. 

O que mais pode acontecer em um dia onde comemora-se, no Brazil com "Z", o Dia do Índio? 

E olha como somos maxistas ainda, não existem mais as Índias? Ahhhhhhhhhhhh, ela foram descoberta pelo Colombo não é? Será? E percebam que mais uma vez que, a Guerra nem começou, ainda.

Sei não, tenho preocupações de mais para me meter nestes assuntos, mas assumir uma ignorância mediante aos fatos e focos de resistência, pensar que o mês de Abril não é apenas o mês de aniversário da minha sobrinha: Ana Carolina - Parabéns minha linda, 12 anos de vida já né? - mas também um mês de resistência, de luta, de memória que precisa ser lembrada, recomendada, fortificadas por aqueles/as que ainda persistem em manter uma chama acessa de competência, de respeito, de dignidade e honra por uma país que esta quase na falência, ou não está? Seria um grande erro da minha existência e das minhas ideias. 

É sobrinha, o mês é tão especial pra ti e tenho muito medo de que você, e tantas outras crianças percam este mês simbólico, mas sei que pra você será sempre um mês de lembranças boas, pois você nasceu e esta ai para manter a chama acessa em outro lugar, quem sabe, não é mesmo? E olhem, ela mal presenciou alguma guerra "declarada" em vida - por enquanto, sendo que ela nem começou ainda: a Guerra.

Hoje - 19/04/2013 - não comemoro como um dia de festa, com cara pintada ou penacho na cabeça, pois acima de mim corre uma conspiração, uma corrente negativa e exclusiva aos que tem poder, aos que tem voz e que sabem manipular as ferramentas de comunicação, de elaboração de ideias e que decidem, a sós, o que é e o que não é. Penso neste dia como reflexão, planejamento de ações... Mas vejam, a Guerra nem começou...

Mas um dia ela irá começar, irá explodir, um dia perderemos o controle, um dia sairemos nas ruas armados com nossas vozes, nossas artes, nossos protestos, nossas reivindicações para obtermos mudanças nas estruturas, iremos abalar o sistema, iremos reclamar, protestar e tirar o rabo do meio de nossas pernas, faremos tudo isto, em algum dia não tão distante, e perceberemos uma coisa inusitada, que a Guerra nem terá começado, ainda... Mas irá começar, em algum dia neste lugar que é meu, é seu e é de todos nós.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Coisas da Vida! Ou simplesmente a sua Negação.

Nada é tão normal, simples ou factual. As coisas acontecem conforme as dificuldades, os sonhos, os desejos, aparecem em nossas vidas com intenções de aumentar a desigualdade ou tentar igualar as potências e as desavenças que nós mesmos promovemos e muitas vezes plantamos, embaixo de nossos pés. 

Ao se situar na atual conjuntura, percebe-se que o que era considerado Irreal - ao nosso ver e sentir - hoje em dia se tornou Real, algumas vezes Surreal e, em certos momentos as situações  se tornaram algo do passado, velho, sem valor algum. O medo de encarar, de planejar ações conjuntas para minimizar este EE - Efeito Estufa - da pluralidade de ideias e conflitos existentes em "nossos mundos", não arriscar e dar o direito ao desfreio de agir, parece caminhar contra nós mesmos, e em muitas vezes o recuo ou até mesmo a ignorância (um simples ato de não ver o que se vê) parece ser a melhor proposta, a melhor solução para uma convivência mais saudável, para não se meter onde não se foi chamado.

Mas espera ai, ninguém se alto convidou para viver, para estar vivo, estar neste mundo tão desigual e respirar ares fedonhos e pouquíssimos ares limpos, mais humanos e saudáveis. 

E, já que estamos aqui, é necessário e preciso agir urgentemente: conflitar, questionar e não abandonar o barco será necessário, senão se houver afogamento pode acontecer alguns imprevistos e a morte solitária, num mundo tão imenso talvez seja algo triste. 

Ou não. Tudo depende de convivências e atitudes. Tudo depende de ser ou não ser o que pensamos...

Calma, isto não é um presságio, muito menos o fim dos tempos, talvez seja uma forma de expressão pouco ocasional, ou uma maneira de explanar aquela sensação de desapego de alguns dogmas, mas nada é do acaso e nada é do agora. 

A construção se faz aqui no presente e, sempre que possível voltarmos para o passado, rever aspectos que foram contribuintes para este processo e olhando lá pra frente com o intuito de fazer exatamente aquilo que não se fez no ontem e nem no agora por motivos mil é uma fórmula, não uma mágica de reverter situações quase que desacreditadas por nós mesmos, dito seres humanos pensantes, falantes e pouco atuantes.

Tudo é possível, basta acreditar e sonhar com seus ideais, afinal de contas: nem tudo é normal, muitos menos simples e nem factual. Infelizmente para uns; e para outros nem tanto, as coisas são reais quer queiramos quer não!

Por: Vander Clementino Guedes - xCHEx.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Apenas a 1ª Semana.

Começou, agora terei coisas para publicar em meu blog e principalmente deixar registrado as minhas impressões sobre esta nova jornada, esta tão sonhada caminhada. Foi preciso esperar três anos e meio até conseguir entrar na escola pública e poder exercer minha profissão, ou quem dirá outras pessoas: a loucura de ser professor. Mas isto não me abala não, muito pelo contrário só me fortalece e faz crescer em mim uma vontade de fazer diferente aquilo que quase mais ninguém acredita mais na tal EDUCAÇÃO.

Depois de adentrar na escola pública pude perceber que algumas coisas caminham e outras nem tanto, alguns comportamentos e olhares são os mesmos da época em que eu estudava. Desconfiados e conversas distintas eu ouvia uma vez e outro pelos corredores e na sala dos próprios professores - que agora é minha também. De imediato comecei a pensar em todas as aulas que tive na faculdade - de licenciatura em História - e pude ver que a realidade é bem diferente dos teóricos e dos sonhadores da educação, porém prefiro estar no meio destes últimos do que dos desesperados/as que lá conheci e irei conviver. Pode ser que algum dia as coisas mudem de lugar, e que as ideologias pedagógicas possam efetivamente dar ouvidos e olhares para a realidade que esta posta em nossa frente para que a mudança aconteça efetivamente, e é isto que irei fazer.

Não fui de peito aberto, tão sonhador e nem muito com o pé frio, fui simplesmente eu. Daqui pra frente terei sete turmas para para trabalhar, quatro são do ensino fundamental II (5ªs séries) e três turmas do 1º do ensino médio.

Nas primeiras aulas fiz uma apresentação aos educandos dizendo sobre meu método de trabalho e de comportamento que iremos exercer - dia após dia - em nossas aulas assim como fiz um reconhecimento de todos/as educandos/as que irei trabalhar até o final do ano letivo. Uma coisa que percebi é que cada turma terá seu próprio ritmo, cada uma terá sua dinâmica e sua probabilidade de crescimento e desenvolvimento das questões, discussões e descobertas sobre o que é História - na Educação e principalmente na VIDA. 

Bom, é um pouco disto que queria deixar postado para dar início a mais nova jornada de trabalho que terei. Mais do que estar dentro de uma escola é saber que lá é o local para se ter diálogo, conversa, discussões para uma outra Educação e não apenas uma re-produção de coisas que sabemos que não adiantam passar para os/as educandos/as. O mundo é grande, assim como o conhecimento também o é, porém a aprendizagem é um trabalho de formiguinha onde temos que saber onde ficamos nossa morada, sem esquecer que o que precisamos esta fora de nossas casas, lá conseguimos o básico e o complemento é preciso buscar lá fora, do outro lado da escola.

Tamo ai, sem parar jamais, e pra finalizar deixo aqui um poema de Graciliano Ramos, que sempre me ajudou - desde a época de estudos na Universidade sobre se apresentar de forma não formal e também pouco convencional - e que pude estar trabalhando com os/as educandos/as do 1º e assim encerro a primeira postagem de 2013, pois daqui pra frente vocês terão muito mais informações e situações sobre a minha visão de ser Educador dentro da Escola Pública de São Paulo.

Graciliano Ramos.

Auto-retrato aos 56 anos (*)
Nasceu em 1892, em Quebrangulo, Alagoas.
Casado duas vezes, tem sete filhos.
Altura 1,75.
Sapato n.º 41.
Colarinho n.º 39.
Prefere não andar.
Não gosta de vizinhos.
Detesta rádio, telefone e campainhas.
Tem horror às pessoas que falam alto.
Usa óculos. Meio calvo.
Não tem preferência por nenhuma comida.
Não gosta de frutas nem de doces.
Indiferente à música.
Sua leitura predileta: a Bíblia.
Escreveu "Caetés" com 34 anos de idade.
Não dá preferência a nenhum dos seus livros publicados.
Gosta de beber aguardente.
É ateu. Indiferente à Academia.
Odeia a burguesia. Adora crianças.
Romancistas brasileiros que mais lhe agradam: Manoel Antônio de Almeida, Machado de Assis, Jorge Amado, José Lins do Rego e Rachel de Queiroz.
Gosta de palavrões escritos e falados.
Deseja a morte do capitalismo.
Escreveu seus livros pela manhã.
Fuma cigarros "Selma" (três maços por dia).
É inspetor de ensino, trabalha no “Correio do Manhã”.
Apesar de o acharem pessimista, discorda de tudo.
Só tem cinco ternos de roupa, estragados.
Refaz seus romances várias vezes.
Esteve preso duas vezes.
É-lhe indiferente estar preso ou solto.
Escreve à mão.
Seus maiores amigos: Capitão Lobo, Cubano, José Lins do Rego e José Olympio.
Tem poucas dívidas.
Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas.
Espera morrer com 57 anos.