sábado, 4 de agosto de 2018

02/08/2018.



Começou o mês do "cachorro louco", e até entendo o porque esse ditado popular ganha certa notoriedade. Parece que tudo vira ao contrário e você fica a mercê de um ditado popular, reafirmando o discussão de que o mês será pesado. enfim, coisas do cotidiano mas vou falar de algo que remete ao que estou vivenciando.

Há umas duas semanas entrei numa pilha de escrever projetos, estudar freneticamente, ler artigos e textos referente a Arte Urbana, Pixação, Graffiti (projeto este que estou encabeçando com meu amigo Bruno Bruno Perê Maní. Enfim, são tantas correrias, tantas ideias, vontades e quereres que acabei me dando conta que precisava respirar, ver outras pessoas, não queria trocar ideia com ninguém, nem discutir, nem falar feio ou bonito, queria apenas sair um pouco do ninho e ver o mundo (se bem que o mundo eu vejo todos os dias, mas a parada tava pesada). Vi aqui, no facebook, os eventos que aconteceriam nesta data acima mencionada e vi que teria um show, gratuito, no Tendal da Lapa que fica - pra mim que sou da zona leste - do outro lado da cidade de São Paulo no bairro da Lapa. Entrei em contato com algumas pessoas mas todas estavam compromissadas, organizadas em seus roles e trampos, sendo assim resolvi ir sozinho. Coloquei o fone nos ouvidos, me agasalhei literalmente e fui pro role.

Chegando no espaço, fui abordado por um cantor de RAP que estava vendendo seu trampo. O mesmo disse da sua trajetória e disse:

- Irmão, paga quanto puder.

Eu, sem trampo, sem grana e sem porra nenhuma pra ajudar o mano, disse que olharia na carteira pra ver o que tinha. Sim, tinha uma verba, pouca mas tinha. Entreguei 5 Golp$s pro mano, ele me agradeceu e disse:

- Bom show pra tu mano.

E eu respondi:

- Pra nós.

Voltei a caminhar, escutando um som de uma cantora africana chama Fatoumata Diawara - que som galera, procurem depois que vocês irão curtir.

Foi chegando mais pessoas, vi algumas que conhecia mas estava ali na minha e de boa, na moral não queria conversar com ninguém. Chegando no role, um amigo me mandou mensagem dizendo que estava por lá, era o Carlos Carlos. Infelizmente durante o show eu não o encontrei, só o vi no final do role. Mas, durante o show encontrei o mano Dan e mais dois amigos seus. Fiquei ali com eles, mas escutando o som, dançando, cantando - mal pra porra - mas estava lá. Acabado o show, encontrei muitas, mas muitas pessoas conhecidas e achei muito foda, engraçado e assustador do tipo: "Carai, não dá pra se esconder mesmo nesta cidade, kkkkkk".

Daí me deparei com um encontro massa, fui chamado pra conhecer o mano que fez o show, e nada mais era do que o Gustavo, vulgo Black Alien. Como estava bem suave, pensei: não vou perder nada mesmo, pois quem tá no role tem que se adaptar com as possibilidades que aparecem. Entrei no espaço do camarim no Tendal da Lapa e trombei ele com o mano Carlos Carlos. Ambos trocaram algumas ideias, pis já se conhecem a uma cota e eu estava ali, de boa. O mesmo chegou perto e perguntou meu nome, me apresentei e ele disse:

- Prazer irmão, tava legal o show?

E eu disse:

- Tava bom demais, prazer em conhecê-lo, talvez eu cole em Itaquera no show seu, lá é mais perto de casa.

E ele deu risada.

Tiramos uma foto, ele agradeceu a presença disse:

- 25 anos passa rápido, você nem vê direito, só sente as boas coisas que tu fez. Vamos pro arrebento.

Após isso, voltei pra casa sozinho, escutando música no celular e pensando no quanto é importante deixar ir - algumas coisas - e corres atrás de outras.

Sim, o dia de ontem foi foda em todos os sentidos, e por pior que pareça perceber isso: NÃO ESTAMOS SOZINHOS NESSA PORRA.

E assim vou tentar seguir, mesmo sozinho - ou com essa sensação latente do meu lado - precisarei olhar para os lados e ver que encontrei aliadas e aliados sempre.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Poesia nova

SerSendo. 


Promover o improvável.
Apresentar o desprezível.
Assimilar o contrário.
Inverter o estável.

Sentir a doçura.
Lapidar a ranhura.
Definir a cantoria.
Permitir a primazia.

Estar estando.
Sentir sentindo.
Focar focando.
Doar doando.

Fraco me sinto.
Às vezes, perdido.
Animado e tranquilo.
Nem sempre complico.
- Às vezes padeço e sinto.

Vander C. Guedes.
2018.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Mini-Conto

AMimComCarinho


“Parecia ser perplexo seu sinal quando a luz surgia no final da estrada. 
A caminhada foi longa, difícil e com mudanças variáveis no tempo físico a todo momento. 
Quem dera eu ser um pássaro, uma máquina ou algo que não é exista, mas era apenas eu e mais ninguém. 
E comigo mesmo citei os melhores versos de poetas presentes para preencher meu vazio, mas o suporte era amplo e único que a mais-valia não se perpetuou em mim. 
Precisei de mais elementos que pudessem, assim, alimentar meu corpo e minhas ideias para permitir minha continuidade sem olhar pra trás, sem esperar uma suposta esperança. Cogitei um ombro amigo mas preferi partir sem medo do que há de vir adiante.”

Vander C. Guedes
2018.

terça-feira, 15 de maio de 2018

Sobre a vida. Há vida?

Ponto de partida


Sentimentos sinceros
Quando o corpo está incerto.
Pensamentos dispersos
Em um tempo inconcreto.

Falta decência.
Expressa-se imprudência.
Atitudes espontâneas
Acima das montanhas.

Voar é im-possível.
Se jogar é compreensível.
Levantar é difícil.
Se alto segurar é plausível.

E o jogo continua
E as dores se acumulam.
À espera do apito final
Pra encerrar de maneira transcendental.

Vander C. Guedes
2018


quinta-feira, 10 de maio de 2018

Poesia nova

Sobre-estar


Por menor que seja, eu ainda sinto.
Meu medo maior, é ficar sozinho. 
Ah momentos que a mente viaja. 
Ah sentimentos que o corpo não para. 

De pensar. 
De refletir. 
De sanar. 
De partir. 

O corpo anda frágil. 
O olhar esta fadigado. 
A esperança dispersa-se com o tempo. 
Não aguardo mais aquele esperado momento. 

De ver. De sentir. 
De viver. De produzir. 
Sentidos pra continuar. 
Motivos pra não desanimar. 

Mas vou tentar seguir
Trilhar outro caminho. 
Quem sabe lá na frente
Tenho outro tipo de desafio. 

Sem tanta dor. 
Sem tanta esperança. 
Sem tanta dor. 
Sem tanta ânsia. 

Vander Clementino Guedes 
2018

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Poetizar-me

Afeto em partículas


Palavras que somam
Em linhas paralelas.
Sentidos que transbordam
Em meio à luz de velas.

O tempo voa rápido
Sem nenhum presságio.
A corda esta bamba
Aqui ninguém mais samba.

Frases se afundam
Em momentos obscuros.
Atos feitos se julgam
Como ações sem prumos.

A alma se transforma
Sem pretenção, sem nenhuma
glória.
O caminho anda tumultuado
Mas desistir agora, será um grande
atraso.

Voar sem medo.
Arriscar sem pretexto.
Sofrer o necessário.
Fortalecer o âmago.

Vander Clementino Guedes
2018

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Educar com arte

Inter-Ação (Parte II)


A poesia se concretiza
com a alegria das cores.
Formas são pensadas
em plataformas não alienadas.

Tanta audácia usurpada
Em atitudes pensadas.

O medo do desequilíbrio
se perpétua na caminhada.
Horas preciosas
em camadas não compostas.

Pois elas são sólidas
E poderosas.

Acenar e criar
Serão atos concretos.
Permitir e existir
Serão desejos e afetos.

Vander Clementino Guedes
2018

sexta-feira, 6 de abril de 2018

Sobre a sensação de voltar pra educação

Inter-Ação


Mundos paralelos 
Que se conectam e integram 
Em um universo de fantasias, alegrias
E amontoados gestos de afetos. 

Afetos que não se sentem.
Brincadeiras que se perdem. 
Sentidos imersos a gritos. 
Movimentos quase sempre repetidos. 

É preciso caminhar na mesma ideia
Sentir a vibe sem miséria. 

Em seguida apresentar as tragédias. 
Desde mundo real, desumano e fatal. 
Cheio de alegrias e de mazelas. 

Uma tarde de contato
Onde o tempo não é inimigo. 
Os olhares são cheios de desconfianças. 
E interferem certeiro em cada íntimo. 

Vander Clementino Guedes
2018

quinta-feira, 5 de abril de 2018

Sobrevivência poética

Meio ao Ca(os)is 


Em meio às mudanças mundiais e
Avanços comportamentais,
Algumas atitudes (humanas) se tornam banais e
Presenciais pois, tanto fez como tanto faz.

O que há de estranho
Também causa estrago.
O que há de tempo
Provoca ausência de espaço.

Existem maneiras e formas de
Mudar esse quadro.
Mas inexistem utopias e ânimos
Pra reverter esse fato.

O que há de estranho
Ocasiona muito espanto.
O que há (ainda) de tempo
Provoca dor e lamento.

Vander Clementino Guedes
2018

quarta-feira, 4 de abril de 2018

Poesia sólida

Em composição


o corpo em empatia consigo,
em meio ao caos.

tanta queda em estado sólido
em meio a pressão.

o gesto em comum com afeto
preserva o ego.

sem comunicação
sem vontade
sem razão

Vander Clementino Guedes
2018

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Sobre aquilo que preciso ser

Aconchego chegado


E os arbustos cobrem alguns elos
Que se conectam entre corpos e olhares discretos.
Outras paisagens se esvaem no chão e no teto.
Em um caminho sem elos e afetos.

As sombras que protegem os microcosmos
Se fazem presentes no entardecer da vida.
Sensações são disparadas, descobertas e desobedecidas.
No momento em que: atitudes e virtudes são apenas preces sem mais-valia.

Perece-se. Espere-se.
Reflete-se. Recomece-se.
Acomode-se. Aprimore-se.
Confronte-se. Permita-se.

Sem ser um arbusto incontrolável.
Sem maldade na sua essência.
Sem seguir todas regras com prudência.
Seja sempre você mesma, uma árvore de pura sapiência.

Vander Clementino Guedes
2018

quarta-feira, 21 de março de 2018

Relato de uma vivência além de experiêncial

Estar presente por inteiro, estar por completo e sem medo


Estar imerso a um processo criativo de trabalho e apresentar a demais pessoas, exige de nós: tempo, comprometimento, atenção, dedicação, estudo, pesquisa, ousadia para arriscar-se ao incerto, estar pleno e estar por inteiro a cada minuto e segundo desta criação, seja ela pessoal ou coletiva. Nessa perspectiva, é notável também o quanto nos descobrimos - daquilo que achamos ser e não somos - e o quanto ainda estamos por saber - processo de aprendizagem - de algo que pensávamos que sabíamos mas na real não tínhamos tanto conhecimento.

Acompanhar ensaios de um grupo de artes integradas de quebrada facilita muitas coisas: acesso, contato, conhecimento, discussões, criações - para além da dança -, e no meio disso tudo se faz necessário e importante ter: Fôlego, Partida e Dança, Memórias Marginais de Corpos que estão em "ESTADO" de Desapropriação constantemente para se trilhar uma história horizontal e não vertical, com pessoas diversas e de diversos extremos, sejam eles da zona leste a zona norte da cidade como do Grande ABC para um único ponto: Rua Urutu.

A busca pela memória se faz tão particular e sensível a nós, que a cada lembrança de brincadeiras, de contos da infância, dos perrengues, das partidas e voltas de pessoas queridas, do desenvolvimento agrário e ocupacional do espaço, do "se vira nos 30" quando os problemas extrapolam nossas forças físicas que é inevitável as comparações, as semelhanças e as descobertas de algo que: não pertencia ao meu particular, mas que após o primeiro contato com essas narrativas e contos, se tornam tão minhas quanto das pessoas que anunciam essas vivências, esses causos, essas histórias. E tudo começou com uma turma que se nominou em um determinado momento de suas vidas, Núcleo Ximbra, e pra quem não sabe: ximbra nada mais é - para outras pessoas e localidades - a famosa Bolinha de Gude. 


Particularmente, esse núcleo tem salvado vidas e despertado outras visões de mundo - nesse mundo que anda tão hostil nos últimos tempos, mas que também encontram-se outras realezas in-descobertas da grande mídia. O foco nem é esse do núcleo, as objetividades são diversas em uma equipe de seis pessoas que atuam e mais três que andam pelos bastidores que fazem as ações seguirem seus rumos neste mesmo mundo hostil e perverso.

Estar ao lado dessa galera nos últimos dois meses (fevereiro e março de 2018) tem me ajudado a enfrentar meus problemas particulares. Tem preenchido minhas tardes de: segunda, quarta, quinta e sexta feira. Tem me colocado pra pensar, pra escrever (vide esse relato rsrsrs.), pra projetar minhas ideias - que hoje se juntam ainda mais a esta experiência de troca, de partilha, de acompanhamento que estou tendo com essa galera. Saber agradecer em vida a cada encontro se faz importante pra mim, e agradecer essa galera na minha atual situação emocional e sentimental é minha forma de agradecer a cada encontro de despertar pra vida que vocês tem possibilitado a mim, e acredito também que pra tantas outras pessoas que conhecem o Ximbra.

Obrigado por existirem e trabalharem com tamanha dedicação, cuidado, zelo, empolgação, sinceridade neste projeto - que com certeza ficará pra vida toda. E lembrem-se de uma coisa: a memória é coisa rara hoje em dia, alguns aplicativos de smartphones e iphones tentam, de alguma maneira, trazer recordações de imagens e postagens que fazemos nas redes sociais virtuais, mas a memória afetiva, de lembranças que não adentram dentro deste cosmos virtual se torna real e presente pelas vielas curtas e esburacadas da Rua Urutu e vizinhança, e isso tem uma importância e impacto gigantesco para as crianças, jovens, adultos e idosos daquela região, como para mim que venho acompanhando o desenvolver, o criar e os momentos de brincadeira e descontração para minimizar nossas dores e tormentos, mas saibam que a cada encontro com vocês a alegria, a emoção e a vontade de ficar bem se faz presente em todo meu ser quando estou com todxs vocês.

Muito obrigado.

Merda pra vocês.

Vander Clementino Guedes
21/03/2018.

segunda-feira, 19 de março de 2018

Poesia nova, do coração pra fora. Porque tá foda.

Apenas meu sentir. 


Difícil segurar meu anseio desejado.
Ainda mais quando o tempo anda controlado.
Seria fácil aceitar de vez este fato.
Que o sentimento não se faz presente, muito menos esta lado a lado.

Em duras penas eu vou seguindo.
Rascunhando em versos: meu lamento, meu íntimo.
As frases nem sempre se complementam.
E minhas ansiedades só aumentam.

Coragem quase sempre me falta.
Racionalmente falando, não há nada que me conforta.
O sono foi embora.
E com ele toda beleza de uma noite saborosa.

Ahhhh coração, tu bate tanto no meu peito.
Me estremece de um jeito.
Que fica difícil de suportar,
Toda minha ânsia de continuar a caminhar
Em busca de um singelo desejo.
De tê-la novamente envolvida em meus braços
Oferecendo-lhe muito amor, carinho e respeito.

Vander C. Guedes
2018

quinta-feira, 15 de março de 2018

Até quando?

Mulher Guerreira Preta


Mais uma perda
para nós meros mortais.
Pessoas que lutam por justiça,
são mortas de maneiras banais.

Ficar de pé tem sido
uma atitude complicada.
Mulheres, homens, crianças, idosos e jovens
sendo devoradas e devorados por tiros letais.

Até quando viveremos assim?
Até quanto sentiremos dores e
seremos injustiçados nessa terra chamada:
Tupiniquim?

Mas as perdas continuam.
Alguns governantes se iludem.
Com promessas sempre fajutas.
E o povo pobre continua sendo morto e torturado nas ruas.

Mais uma perda.
Mais uma mulher guerreira
Mais uma família que enfrenta.
A perca de uma mãe, educadora, mulher  preta.

Poesia dedicada a memória da vereadora da cidade do Rio de Janeiro, Marielle Franco (38 anos) que foi morta no dia 14/03/2018 e o motorista Anderson Pedro Gomes que a acompanhava no carro também foi morto. Um outra mulher  que acompanhava ela na hora no ataque, esta viva sem grandes ferimentos.

terça-feira, 13 de março de 2018

Poesia do sentir.

Sentidos


Olhar preciso.
Passo contínuo.
Pelo caminho.
Vou seguindo.

Sentir inteiro.
Assim desejo.
Ritmo elétrico.
Pulsamento concreto.

Fuga ao léu.
Gosto do fel.
Olhar pro céu.
Tentando ser fiel.

Acreditar no pulsar.
Viver sem menosprezar.
Aliviar o avaliar.
Viver sem cessar.

Calma, isso é apenas poesia.
A realidade é completamente outra.
Sei que vai passar, eu sei.
Pode demorar, mas sinto que um dia vai passar.

Vander C. Guedes
2018


segunda-feira, 12 de março de 2018

Escrevendo o que sinto. Estou sentindo o que escrevo

Escrever e refletir. 


Ao escrever um texto, tenho em mente que colocarei em palavras um pouco do que estou sentindo e vivenciando, mas não é algo apenas factual que registro em palavras, textos, poesias ounpoesias. Na verdade pode ser tudo isso e muito mais. 

Neste momento, estou produzindo muitas poesias que relatam meus sentimentos e minhas vivências com arte, cultura e vida. Cada palavra colocada no papel - ou aqui no blog - são pequenos gestos e atitudes de quem sente a necessidade de explanar o que esta sentindo, e os sentires perpassam por tantos questionamentos e observações que vem se tornando essenciais para minha reconstrução enquanto ser humano, enquanto homem e enquanto um ser que vive mais na utopia do que na realidade. 

Espero que minhas palavras possam servir de alguma coisa para quem lê minhas escritas. Não necessariamente precisa servi-se apenas como amuleto de reflexão. Mas que, se isso acontecer, provoco a todas e a todos para agirem após possíveis reflexões e análises, se isto acontecer - também - já me darei por satisfeito. 

Valeu as pessoas que passam por aqui e leem minhas produções textuais (e me desculpem os milhões de erros de concordâncias verbais e etc) e quem curte - elogiando ou criticando - as coisas que posto aqui. 

Vander C. Guedes
2018

sábado, 10 de março de 2018

Mais uma poesia

Preciso continuar. 


Avante no caminho
Vou prosseguindo.
Avante no sentido
Sem rumo definido.

Tornar real
O sonho factual.
Mudar o gosto do fel
Para um melado “não cruel”.

Avante e adiante
Perigo sempre é constante.
Avante e pensante
Vou sair desse transe.

Sentir-se amado
Minimamente empoderado.
Sentir-se humano
Sem alambrado.

Avante no caminho
Vou seguindo o trilho.
Avante nesse sentido
Vou caminhando...
Com muito afeto,
Muito amor
E muito carinho.

Vander C. Guedes.
2018.




quarta-feira, 7 de março de 2018

Sobre a vida, sobre viver.

Sobre(-)viver


Estar acima
No estilo empirista.
Ficar preocupado
Se sentir largado.

Brechas são postas.
Moléculas estão dispostas.
Para criar situações.
E também perturbações.

Sobre estar
Sobre ser
Sobre lutar
Sobre-viver

Estar limpo
No mesmo ritmo.
Não significa ser certo
Nem tão pouco indigesto.

Estar acima
Torna-se rotina
Pra viver numa tranquila
Sem sofrer na utopia.

E nessa perspectiva.
Tenho pouca sabedoria.
Se viver a vida é algo realista
Terei que sobreviver sem demagogia.

Vander C. Guedes
2018


terça-feira, 6 de março de 2018

Poesia nova

Junção de Sentidos. 


Ao se jogar no mundo
O corpo sente o rumo.
Do in-consciente
Ao oportuno.
No mais singelo
Prumo.

Sentado à espera
De uma oportunidade sincera.
Aguardar ainda é a meta
Pra continuar nossa história,
Que ainda não está
Totalmente completa.

Escritas que se formam.
Em frases sinceras e supremas.
Pensamentos que se juntam.
Em misturas de aquarelas.

Onde:

Cores vão trilhando
Paletas únicas e plenas.
Palavras ganham triunfo.
Quando as atitudes são portos seguros.

O mundo não é silencioso.
Nós boicotamos nosso íntimo.
Se fosse pra fazer barulho.
Não haveria necessidade
De estar no recuo.

Vander C. Guedes.
2018

segunda-feira, 5 de março de 2018

Poesia sobre sentir

Tempo de Espera (sobre uma volta que seja, talvez, apenas ilusória)


Tic-Tac e o tempo vai passando...
Sentados no banquinho - ou não -
Vou perambulando.
E os meus pensamentos andam a milhão.

O tempo do relógio parece não passar.
Cada minuto que se passa
Faz a ansiedade transbordar.

Repousado intrinsecamente
Reflito o meu pensar.
Mesmo sabendo, que nada poderá cessar.

Palavras se tornam formas.
Desenhos apenas imagens.
Frases promovem encantos.
Pensamentos se tornam passagens.

A saudade aperta no peito.
Talvez não tenha mais jeito.
Espero por você querida.
E aguardo por este momento.

Tic-tac e o tempo vai passando...
Sentados no banquinho - ou não -
Vou refletindo sobre meu equilíbrio
Pra reconquistar o seu coração.

Vander C. Guedes
2018.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Poesia nova.

Alimentar o tempo para continuar sem lamento.
Diversificar os pensamentos e intensificar novos desejos.
Verbos a flor de uma mente que não para.
Em tempos difíceis, fazer isso é coisa rara.

Estar por inteiro nem sempre é possível.
Aguardar decisões e não pensar no fim de tudo.
Vou perpetuar algo pra fazer.
Quem sabe criar novas frases pra potencializar meu bem querer.

Ficar firme para continuar a caminhada.
Olhar pra frente sem medo de represárias.
Tenho sentimentos que movem arquibancadas.
Tento ser eu mesmo pra enfrentar qualquer batalha.

Viver é complicado, mas é necessário encarar os fatos.
A sinceridade é fascinante e algo intrigante.
Ainda há tempo para rever alguns conceitos.
Quem sabe recomeçar nossa história sem lamento.

Vander C. Guedes.
2018


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Voltando a blogar.

Por aqui as coisas andam.


Como é bom olhar para o espelho e poder se ver, se enxergar e perceber as nuanças encontradas em cada dobradiça de nossa pele, que vive e revive a todo instante. Como é bom poder sentir as batidas do coração, o pulsar do sangue pelas veias e saber que aqui existe um ser vivo, como é bom se permitir e estar disposto a mudanças, como é bom refletir e sentir que é possível estar aberto para possíveis mudanças, como é bom. 

Existem várias formas de se ver perante o mundo, perante a sociedade e perante a nós mesmos, porém este último exige (quase sempre) certos desprendimentos de alguns vícios, fantasias e alucinações de nossas mentes,  para que não fiquemos presos a uma ideia de perfeição ou rejeição de si mesmo dentro das relações afetivas – ou não – que construímos durante nossa caminhada. 

Sabemos que somos únicos e únicas neste mundo, não é mesmo? Até duvidar disso pode ser uma problemática. Já pensou se existissem duas pessoas iguais a você nesse mundo? Com certeza você não iria aguentar, quem dirá outras pessoas (rsrsrs...). Brincadeiras e parte, a parte principal desta questão é que podemos ter a livre escolha de optar por sonhar ou ver a realidade nua e crua sem medo de encara-lá como ela é. E isso não é uma tarefa nada fácil, mas isso faz parte da vida, faz parte dos processos e faz parte das nossas escolhas e caminhos que trilhamos. 

Ter convicção de que as coisas andam tranquilas e favoráveis irá depender, exclusivamente, de como cada um/a encara suas facetas em meio a tantas outras facetas neste universo. Às vezes nos decepcionamos, outras tantas nos surpreendemos e achamos até graça no que enxergamos por ai, e olha que são muitas coisas envolvidas para uma analise completa. 

Voltando a questão do olhar propriamente dito no início deste texto, testemunho de cunho próprio que este exercício é necessário – ou deveria ao menos ser algo de preocupação por todos nós – a partir do momento em que estamos preparados para viver em sociedade, para viver em coletividade; e acredito verdadeiramente que nunca será tarde demais para buscar outras maneiras de aprimorar o olhar, o sentir e o existir.

Sabemos que somos únicas e únicos, se temos possibilidades de perceber o que esta adiante de nós, se procurarmos uma forma de encarar ou boicotar tais situações (isso irá depender da escolha de cada uma e de cada um), será de grande importância a tomada de decisões para resolver certos problemas.

Sejamos potências, sejamos energias acumulativas para aprender a resolver problemas, sejamos tempo para respirar e reparar nos ganhos e nas perdas da vida, sejamos nós mesmos e mesmas para abrilhantar cada vez mais, sejamos sinceros e sinceras quando errarmos pra saber que não seremos perfeitos eternamente, pois sabemos que as facetas envelhecem, a pele amolece, os sonhos podem se distanciar de nós se deixarmos que as angústias e as dúvidas tomem conta do que é real e do que esta acontecendo agora. Não estaremos isentos destas demandas, das perdas e das frustrações, mas se tivemos sabedoria e cuidado com nossos anseios as coisas podem fluir de outra maneira. 

Tomara que um dia isso tudo isso sirva para alguma coisa, que seja para receber críticas ou não, seja para ser ovacionada ou desaprovada, mas que esteja lá registrada e cartografada em nossas mentes e em nossas relações, sejam elas humanas ou não humanas, mas que sejam reais e presentes em nós para sempre. 

Vander C. Guedes.
2018.